Retirado do Blog dele o perfil, e adaptado para o meu blog
Quem é ele
Alessandro Vieira dos Reis, tem 30 anos, mora em Florianópolis-SC. Graduado em Psicologia pela UFSC em 2004. Alguns hobbies: Boxe Tailandês, flauta transversal, Literatura. É vegetariano (é isso que significa o "V" na foto dele no blog). E gosta de um bom snooker bar com Rock anos 60-70, ou jazz, como programa de sexta
Trabalha como Game Designer desenvolvendo jogos para a área da saúde
E escreve mensalmente para a Revista Psique
RP - O "Olhar Beheca" é um dos blog com mais atualizações e seguidores sobre análise do comportamento que eu conheço, sem contar que foi o que me incentivou a fazer o meu blog "Reforçado Positivamente". O que te levou a fazer um blog?
Alessandro - Pode soar estranho, mas criei o blog para eu mesmo estudar. Quando me formei em Psicologia, pela UFSC em 2004.1, não eu tinha uma vaga orientação cognitivista, com influência de bestsellers sobre o cérebro. Foi cerca de 2 anos depois que mudei de idéia e aderir ao Comportamentalismo, por influência da comunidade "Análise do Comportamento", no Orkut. Especialmente do Zé e do Thomas.
Alessandro - Pode soar estranho, mas criei o blog para eu mesmo estudar. Quando me formei em Psicologia, pela UFSC em 2004.1, não eu tinha uma vaga orientação cognitivista, com influência de bestsellers sobre o cérebro. Foi cerca de 2 anos depois que mudei de idéia e aderir ao Comportamentalismo, por influência da comunidade "Análise do Comportamento", no Orkut. Especialmente do Zé e do Thomas.
Criei o blog porque eu queria ter onde arquivar meus estudos sobre Análise do Comportamento, e pensei em publicá-los. Essa foi a motivação inicial. Depois as coisas mudaram. Passei a gerir o blog porque vi que estava sendo lido por muitas pessoas (as vezes 700 por dia) e isso me motivava a querer dizer algo bom para todas.
RP - É fácil hoje em dia você ligar uma televisão e ver psicanalistas, pessoas que não conhecem nada sobre psicologia provavelmente já ouviram falar de Freud, em todos os lugares se vê muito sobre Psicanalise.O que você acha que é preciso ser feito para se ter uma maior divulgação das outras abordagens entre elas o Behaviorismo para o publico leigo e para pessoas da mídia que parecem só buscar Psicanalistas?
Alessandro - Não acredito em divulgação pelo discurso. O povo acha um porre discurso de cientista, e dou razão a eles. São poucos os cientistas que sabem se comunicar com leigos (No Brasil, o físico Marcelo Gleiser é uma feliz exceção).
Por isso não levo a sério quando dizem por aí que precisamos usar uma linguagem assim e assado para passar os conceitos cientificos corretos para o público, assim ele nos entenderá e nos dará valor.
O público, via de regra, não quer linguagem técnica e nem ter que entender Ciência (sabem como ligar o computador, mas não entendem e nem querem entender a Computação).
O que funciona para divulgar não é discurso, falação. É mostrar resultados. O povo se ganha pelos olhos, não pelos ouvidos. Você acha que a Física ou a Biologia precisaram se divulgar pelo discurso? Claro que não. No lugar disso, criaram tecnologias que falavam por si mesmas.
P.e., eu desenvolvo videogames para saúde. Sempre que posso digo em entrevistas que só faço o que faço porque aplico Análise do Comportamento.
O pessoal da AC deve mostrar resultados para a sociedade. Aí será respeitado.
RP - Qual a área da Análise do Comportamento que você acha que tem sido mais estuda hoje em dia?
Alessandro - Diria que das clássicas, a pesquisa em laboratório, com animais. O que é um problema, porque Skinner, há uns 50 anos, já dizia que comportamento social e verbal eram as fronteiras futuras (para hoje!) da Análise do Comportamento.
Fora essas duas áreas, ainda aposto em Tecnologias Digitais (minha área, por sinal), e algo que misture Clínica com Social-Comunitária.
RP - A AC tem crescido hoje em dia ou não? comentem um pouco a respeito sobre isso
Alessandro - Há mais congressos, mais encontros e todo tipo de eventos. Quando eu era graduando, há 10 anos, não tinha nada disso. Na minha turma, dizer que você gostava de AC era assinar o atestado de óbito para o 'pensamento livre'.
Não tenho estatísticas, mas já ouvi dizer que o número de Mestrandos em AC cresce muito, enquanto que graduandos, de forma respeitável. Uma coisa eu noto, pode ser apenas falha de percepção minha, mas a esmagadora maioria de pessoas da graduação que eu conheço que aderiram a AC são rapazes. Conheço algumas garotas da turma AC, também, e são geninais. Mas são minoria. Acho que isso daria uma boa pesquisa...
Muitos graduandos não aderem a AC porque os professores ensinam essa matéria de forma errada, muitos de má-fé mesmo. Por isso que tem muito formando em Psicologia que odeia Skinner, mas não diferenciar Behaviorismo Metodológico de Radical (Ou seja, odeia algo que não conhece).
Para muitos é duro se tornar um AC. Ser um partidário da filosofia chamada "Comportamentalismo" é, de fato, equivalente a ser um ateu em uma convenção de religiões. Todo mundo acredita literalmente em coisas metafísicas como alma, mente, ego, etc, e você lá, dizendo que isso tudo é apenas metáfora ou ilusões vívidas, mal entendidos.
RP - Indique um livro que você mais gosta para os nossos leitores
Alessandro - "Compreender o Behaviorismo", do Baum.
RP: Deixe uma palavra de incentivo para os futuros Analistas do Comportamento
Alessandro: O Comportamentalismo é a única abordagem que reúne 3 requisitos que considero muito positivos:
- o pragmatismo (Uma idéia tem que funcionar e gerar resultados, senão é só um passatempo intelectual)
- a cientificidade (Criteriosidade e rigor sempre ajudam)
- o otimismo (Sempre é possível mudar as coisas para melhor!)
Se você é uma pessoa que quer ver soluções para os problemas, e quer batalhar de forma criteriosa e rigorosa para resolver até mesmo os mais espinhosos, então você precisa estudar Análise do Comportamento a fundo (Não só o que as pessoas que leram os críticos dizem).
Alessandro - Não acredito em divulgação pelo discurso. O povo acha um porre discurso de cientista, e dou razão a eles. São poucos os cientistas que sabem se comunicar com leigos (No Brasil, o físico Marcelo Gleiser é uma feliz exceção).
Por isso não levo a sério quando dizem por aí que precisamos usar uma linguagem assim e assado para passar os conceitos cientificos corretos para o público, assim ele nos entenderá e nos dará valor.
O público, via de regra, não quer linguagem técnica e nem ter que entender Ciência (sabem como ligar o computador, mas não entendem e nem querem entender a Computação).
O que funciona para divulgar não é discurso, falação. É mostrar resultados. O povo se ganha pelos olhos, não pelos ouvidos. Você acha que a Física ou a Biologia precisaram se divulgar pelo discurso? Claro que não. No lugar disso, criaram tecnologias que falavam por si mesmas.
P.e., eu desenvolvo videogames para saúde. Sempre que posso digo em entrevistas que só faço o que faço porque aplico Análise do Comportamento.
O pessoal da AC deve mostrar resultados para a sociedade. Aí será respeitado.
RP - Qual a área da Análise do Comportamento que você acha que tem sido mais estuda hoje em dia?
Alessandro - Diria que das clássicas, a pesquisa em laboratório, com animais. O que é um problema, porque Skinner, há uns 50 anos, já dizia que comportamento social e verbal eram as fronteiras futuras (para hoje!) da Análise do Comportamento.
Fora essas duas áreas, ainda aposto em Tecnologias Digitais (minha área, por sinal), e algo que misture Clínica com Social-Comunitária.
RP - A AC tem crescido hoje em dia ou não? comentem um pouco a respeito sobre isso
Alessandro - Há mais congressos, mais encontros e todo tipo de eventos. Quando eu era graduando, há 10 anos, não tinha nada disso. Na minha turma, dizer que você gostava de AC era assinar o atestado de óbito para o 'pensamento livre'.
Não tenho estatísticas, mas já ouvi dizer que o número de Mestrandos em AC cresce muito, enquanto que graduandos, de forma respeitável. Uma coisa eu noto, pode ser apenas falha de percepção minha, mas a esmagadora maioria de pessoas da graduação que eu conheço que aderiram a AC são rapazes. Conheço algumas garotas da turma AC, também, e são geninais. Mas são minoria. Acho que isso daria uma boa pesquisa...
Muitos graduandos não aderem a AC porque os professores ensinam essa matéria de forma errada, muitos de má-fé mesmo. Por isso que tem muito formando em Psicologia que odeia Skinner, mas não diferenciar Behaviorismo Metodológico de Radical (Ou seja, odeia algo que não conhece).
Para muitos é duro se tornar um AC. Ser um partidário da filosofia chamada "Comportamentalismo" é, de fato, equivalente a ser um ateu em uma convenção de religiões. Todo mundo acredita literalmente em coisas metafísicas como alma, mente, ego, etc, e você lá, dizendo que isso tudo é apenas metáfora ou ilusões vívidas, mal entendidos.
RP - Indique um livro que você mais gosta para os nossos leitores
Alessandro - "Compreender o Behaviorismo", do Baum.
RP: Deixe uma palavra de incentivo para os futuros Analistas do Comportamento
Alessandro: O Comportamentalismo é a única abordagem que reúne 3 requisitos que considero muito positivos:
- o pragmatismo (Uma idéia tem que funcionar e gerar resultados, senão é só um passatempo intelectual)
- a cientificidade (Criteriosidade e rigor sempre ajudam)
- o otimismo (Sempre é possível mudar as coisas para melhor!)
Se você é uma pessoa que quer ver soluções para os problemas, e quer batalhar de forma criteriosa e rigorosa para resolver até mesmo os mais espinhosos, então você precisa estudar Análise do Comportamento a fundo (Não só o que as pessoas que leram os críticos dizem).
Publicado por Ítalo Sobrinho
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirtentei acessar o blog, nao consegui.
ResponderExcluirO blog foi removido
ResponderExcluirBom dia! O blog que você menciona nessa matéria foi removido. Tem alguma informação que você possa me ajudar a localizar?
ResponderExcluirProcurem o nome do autor no Blogspot, ele tem Blogs novos, mais bonitos e organizados, só não sei se republicou todo o conteúdo antigo.
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