Felipão esgota estratégias e pode recorrer à psicologia para salvar o Palmeiras


Luiz Felipe Scolari se vê sem mais alternativas para acabar com a crise do Palmeiras. Ele já fez reuniões, antecipou concentração e adotou até a lei do silêncio. Mas as falhas do time e a falta de atenção insistem em se repetir e têm deixado o técnico frustrado. Diante dos últimos resultados, ele vê a chance de se classificar para a Libertadores como ‘horrível’ e pensa em recorrer a outras áreas fora do futebol para que a equipe apresente mudanças.

Felipão dá a entender que pode fazer um trabalho até com psicólogos para deixar o grupo mais focado e tentar minimizar as falhas. “Tem um percentual de erros de desatenção e isso é uma coisa que nos deixa preocupados. Podem ter alternativas fora do futebol, alguns profissionais que nos ensinem a ter esse foco de atenção”, disse.

Apesar dos esforços e das orientações, ele acredita que alguns aspectos fogem de alçada do treinador. “Algumas coisas que eu não tenho conhecimento. Tínhamos um jogador que não tinha atenção e combinamos que eu ia falar a palavra ‘cobertura’ e ele já sabia o que era. Mas não dá para fazer isso com dez ao mesmo tempo. Hoje antes de tomar gol, todos estávamos avisando que tinha um jogador livre no segundo pau. Eu acho que é algo que o grupo tem que ter, noção de observação, posicionamento, ver para onde vão os adversários. Não tenho conhecimento de outras áreas, mas se precisarmos, vamos recorrer”, disse.

O Palmeiras tem sofrido com falhas infantis e repetidas. Neste sábado contra o América-MG, por um erro de marcação a bola sobrou na segunda trave e ficou fácil para o atacante Kempes marcar o gol de empate. No último fim de semana, foi ainda pior. O time vencia o Atlético-GO com dois homens a mais até os 35 minutos do segundo tempo, mas acabou cedendo o empate por 1 a 1.

O comandante chegou a dizer que foi a maior vergonha de sua vida. Ele já havia se revoltado no empate por 2 a 2 contra o Atlético-PR por duas falhas graves que resultaram em um pênalti cometido por Marcos e uma ‘assistência’ de Marcos Assunção para o gol adversário. O técnico também não poupou críticas e declarou que era a primeira vez que não conseguia corrigir uma equipe.

Com um desempenho ruim, o time vê a Libertadores cada vez se distanciar mais. O Palmeiras venceu apenas dois dos últimos 14 jogos pelo Brasileirão e ocupa a oitava colocação com 40 pontos. São quatro a menos que o Fluminense, primeiro integrante do G-5.

Felipão demonstra pessimismo quanto à conquista da vaga. “Estamos em uma situação razoavelmente confortável para a Sul-Americana. Para a Libertadores a situação é horrível. Se tivéssemos quatro pontos a mais, estaríamos naquele bolo. A situação é horrível pelo número de clubes na nossa frente, pelas nossas dificuldades de fazer gol, equilibrar e ganhar partidas”, lamentou.

Postado por Ítalo Sobrinho

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