Um comportamento, portanto, vai sempre envolver relações entre sujeito e mundo, respostas e estímulos. Outra coisa que diferencia o modo como a Análise do Comportamento usa esse termo é que essas respostas e estímulos não precisam ser facilmente observáveis por outras pessoas, isto é, respostas e estímulos não precisam ser eventos públicos, podem ser eventos privados. Muito do que chamamos de “pensar”, por ex., pode ser entendido como “falar silenciosamente”, ou seja, como a emissão de respostas parecidas com o falar “em voz alta”, mas muito “fracas”. Nesse sentido de “pensar”, teríamos um exemplo de resposta privada ou encoberta. Por outro lado, algumas vezes em que dizemos a um amigo sentir “uma tristeza muito grande”, podemos estar relatando certas condições ou mudanças corporais. Ou seja, estaríamos emitindo uma resposta pública (falar com o amigo) sob controle de um estímulo privado (as condições ou mudanças corporais), um estímulo a que o amigo não tem acesso. Em todos os casos, porém, se estamos analisando comportamentalmente a situação, devemos buscar as relações daquelas respostas encobertas com os estímulos que a controlam e as relações daqueles estímulos privados com as respostas controladas por eles. Ou seja ao tratar do “pensar”, do “sentir tristeza” ou de qualquer outro comportamento relacionado ao tema da subjetividade, nunca podemos perder de vista a perspectiva relacional dos fenômenos.
De qualquer maneira, o importante a destacar é que, para a Análise do Comportamento, “pensar”, “sentir”, “emocionar-se” etc. também podem ser compreendidos como relações comportamentais e podem e devem ser estudados.
Texto retirado do site: http://accultura.wordpress.com/introducao-ao-tema/
Postado por Ítalo Sobrinho
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